24 de Janeiro de 2012
Caminho sem volta, passo acelerado, não. Algumas folhas e galhos no chão, alguns desvios para carregar mais fardos. O rapaz ao lado, que não mostrava o rosto, só se preocupava em seguir. Ladeiras, estrada, finalmente algumas casas - de aparência colonial.
Um passo a frente, o horizonte. Abaixo, nuvens. O garoto ao lado pula, sem medo, ouve-se "venha!", seguido por outro pulo.
- Aqui é que a caminhada fica legal! Respira fundo... e pula! É só se deixar levar! Sentir a sensação de não ver um palmo à frente!
Quando finalmente mostrou o rosto, marcado pelo sorriso grande, pulou.
Eu fiquei.
Não sei voar.
(Ele esqueceu de contar que também não sabia. Mas foi.)